quinta-feira, 15 de maio de 2008

guerra de calmantes

A troca de farpas e acusações do PT e do PSDB nos últimos dias é uma verdadeira apologia ao relax. A população de Fortaleza está vivendo uma guerra política. Os armamentos bélicos? Calmantes. De um lado o PT atira toneladas de Lextoan, e do outro o PSDB bombardeia Gardenal para todos os barbudos.

Tudo começou com Luizianne Lins, que com um imenso escudo, defendeu-se das milhares e habituais acusações dos tucanos. Desta vez, o problema foi referente ao espaço reservado às campanhas eleitorais na TV e no Rádio ao PT. O primeiro grito de batalha foi: “- Deixem-nos em paz”. E poow! Viu-se estourar o primeiro lexotan. A bala atingiu em cheio o tucano Fernando Hugo. Mais rápido que uma bola de canhão ele deixou explicito ontem, no plenário 13 de Maio, sua insatisfação à administração da prefeita. O petista Arthur Bruno não deixou por menos. Elegantemente chamou o deputado Fernando Hugo de Rolando Lero (Nobody Love). Bem, o “aluno do Professor Raimundo” “não contou pipoca” e bradou alto e em bom Tom: “- Coxinha” (vale ressaltar que essa estrela vermelha vive brilhando na constelação que lhe for conveniente. Isso a gente tem que admitir) E começou a costumeira guerra: FHC, privatizações, blá blá blá blá. Do outro lado desorganização, investimentos em mega festas... blá blá e por aí vai... Essa conversa batida.

O fato é: as duas facções estão agonizando nesse clima de pré-eleições. Perdem o senso da compostura e vivem se defendendo de ataques mútuos. O que é horrível para os gestores. Só denota a insegurança que eles sentem no porvir. E é um atirar de um lado para outro sem saber para onde e, o pior de tudo, para quê atiram. E o povão? Vamos combinar?! Esse é que termina DOPADO. Fica completamente desorientado no que diz respeito ao que realmente interessa: simplesmente, resultados!

Mas, infelizmente, a guerra continua...

segunda-feira, 5 de maio de 2008

café com morte

Na minha pausa para o café não poderia deixar de correr até aqui, no meu “espaço da liberdade”, e postar um comentário sobre a morte. É que acabei de ler um texto sobre o tema, no jornal Diário do Nordeste do ensaísta Francisco Renato, mestrando em literatura pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Uní filosofia e teologia, quando no decorrer da leitura lembrei-me de dois camaradas que dedicaram boa parte de seus pensamentos à temática: Epicuro e Francisco de Assis.

Para o ateniense, temer o quê? Para quê? Não cisão entre o bem e o mal o fim da vida se mostra,simplesmente, como a ausência dessa mesma vida. O mal (representado pela morte) é nada para nós. Os epicureus, seguidores de Epicuro,acreditavam que morte é alegria, pois apenas ausenta o desejo da imortalidade. (Acho que me fiz entender...). Já o Pobrezinho de Assis chamava a nossa sombria e misteriosa de irmã. Isso mesmo: Irmã Morte! Quão belo para ele era penetrar no mais profundo mistério da sua fé; na ressurreição dos mortos e, na esperança cega da Comunhão dos Santos. Fui capaz de imaginar agora ele dançando de alegria quando falecia alguns de seus irmãos de fraternidade, segundo relato do Irmão Leão nas Obras Completas do santo.

A mim, um processo natural da vida. O Fim dessa vida. Passagem para a Vida.
Parabéns Louzada!

domingo, 4 de maio de 2008

... sei lá


E no meio de uma conversa.
- Porra, foda! Estou falido. Como vou comprar o teu presente de aniversário?
-Ah, colhe uma flor na rua e me dá! Ou então... sei lá: uma fotografia, arte sua.

Uma das coisas mais sóbrias que ouvi nos últimos dias.
É a grandeza do despojamento. Vem naturalmente dos Servos de Deus.